domingo, 24 de novembro de 2013

DESENVOLVIMENTO DO GRAFISMO/DESENHO
            O desenho na primeira infância é uma linguagem carregada de significado que revela os sentimentos e a identidade de seu autor. Não é uma ação casual ou mera recreação.
            O termo linguagem no contexto escolar está sempre ligado à comunicação oral e escrita como parte integrante do processo de alfabetização, valorizando a dimensão cognitiva como única ou mais importante no desenvolvimento da criança.
           As diversas linguagens estão ligadas às dimensões humanas: afetiva, cognitiva, artística, sexual, lúdica, etc.
           O desenho é uma forma de expressão do universo interior infantil, cheio de criatividade e imaginação, e um exercício de formação da identidade social e cultural da criança.
           O desenho é a forma de raciocinar sobre o papel (Saul Steimberg). Não reproduz as coisas que vemos mas traduz a visão que se tem delas.
            Quando risca o papel a criança tem a satisfação de deixar a sua marca.
            O desenvolvimento do grafismo é a revelação da natureza emocional e psíquica da criança, através dos traços e sinais que revelam suas idéias, suas vontades e suas fantasias.
             Estágio Sensório-Motor  - Rabiscação -  0 a 2 anos
             Ao final dos primeiros 12 meses, a criança já é capaz de, ocasionalmente, manter ritmos regulares e produzir os primeiros traços gráficos, que são mais movimentos do que representações de suas experiências pessoais ou relação com a natureza, motivação interna ou externa.
            Ainda não sabe a função do lápis. Ao pegá-lo, pode colocá-lo na boca (reflexo de sucção – leva tudo à boca), batê-lo, até que por acaso ou por estímulo do adulto, risca um papel.
            Passa, então, a se interessar pelo lápis, faz um furo no papel, produz pontos e rabiscos.    É a fase da descoberta, que é seguida por uma seqüência de comportamentos que, além de revelarem o nível de desenvolvimento do grafismo, demonstram os ganhos na estruturação do pensamento, sem necessariamente estarem vinculados a uma determinada faixa etária.
             A seqüência pode ser descrita da seguinte forma:  
 Garatuja (rabiscos; desenhos; rabiscação descontínua, desordenada).
            Fase desordenada.
             As garatujas desordenadas são aquelas em que os traços são fortuitos e a criança não se apercebe que de que poderia representar qualquer coisa com eles. Muitas vezes a criança nem olha para o que está rabiscando. Os movimentos são amplos e não respeitam os limites do papel.
            Ausência de controle de movimentos. Uso da cor pelo simples prazer de experimentá-la.
            São apenas reflexos do desenvolvimento físico e psicológico da criança e sem intenção de representar alguma coisa. 
            A figura humana não aparece e o espaço não é totalmente utilizado. Ainda muito próxima da rabiscação, seus desenhos variam muito: ora fracos e concentrados, ora fortes e dispersos pelo papel.
            Embora pareça um trabalho sem sentido, deve ser estimulado pelo adulto porque a criança tem prazer na manipulação do instrumento. Para ela é atividade lúdica que, mesmo não comunicando qualquer pensamento, é alicerce da atividade gráfica futura.
            Na garatuja, a criança tem como hipótese que o desenho é simplesmente uma ação sobre uma superfície, e ela sente prazer em verificar o seu resultado.
Garatuja controlada (rabiscação contínua)
Fase Longitudinal
             Os rabiscos seguem o limite do papel.
             Aparecem aproximadamente ao dois anos de idade.
             A criança percebe que há uma ligação entre os seus movimentos e os traços que faz. As linhas agora são repetidas. Indo e vindo. A criança poderá passar horas garatujando. Ficará fascinada com essa atividade que certamente estenderá para paredes, móveis e piso.
             Os movimentos são repetidos em várias direções, principalmente na vertical e na horizontal. Há o estabelecimento da coordenação entre a atividade visual e a motora. Existe o controle dos movimentos. A cor ainda é usada inconscientemente. O espaço é utilizado somente de base sinestésica, muitas vezes não saem de um mesmo lugar, outras vezes riscam a folha inteira, misturando tudo que já experimentaram. 
            Nessa fase, a rabiscação é tão natural quanto brincar e ela adora fazê-la. A criança ainda não tem intenção de expressar seu pensamento, mas descobre a relação entre os movimentos e os traços que executa no papel, experimentando grande satisfação proveniente da sensação sinestésica e do seu domínio sobre os objetos.
            As linhas podem se repetir, os traços são maiores e mais contínuos – esse controle é reflexo do seu desenvolvimento motor e do domínio que adquire sobre o ambiente que a rodeia.
            A criança já mostra maior constância na direção e posição dos rabiscos, podendo até escolher uma localização pessoal, isto é, rabisca sempre determinado ponto (no alto, no centro, à direita, à esquerda, etc.).
            Com o decorrer do tempo, as garatujas, que refletiam o prolongamento de  movimentos rítmicos de ir e vir, transformam-se em formas definidas que apresentam maior ordenação, e podem estar se referindo a objetos naturais, objetos imaginários e ou mesmo a outros desenhos.
            No final desta fase, há a evolução para uma etapa muito importante que é a “célula”.
           Fase Circular
            As linhas que se fecham e aparece a forma fechada. Ao registro da “célula” pode ir aos poucos adicionando outro tipos de linhas.
            Ocorre a auto-afirmação do controle através de desvios do tipo de movimento, com o treino aparecem ensaios repetidos de pequenas células ou pequenos círculos sem ainda intenção, significado ou expressão. É a exploração do movimento circular feito com todo o braço, que varia do tamanho de um pequeno ponto até o círculo que ocupa a folha toda. A cor ainda é utilizada com base emocional.
            Ainda não há intencionalidade de expressão ou planejamento, isto é, a criança não faz prévia associação entre significante e significado, mas pode interpretar as formas que consegue desenhar. O significado do desenho muda conforme a vontade do leitor. A criança pode interpretar sua célula como um sol, depois, essa mesma célula pode ser uma pessoa, um balão, etc. O fato de nomear (dar atributos às formas) mostra que a criança tem potencial como leitor-escritor.
    Garatuja com nome
Fase Controlada
      Os rabiscos ganham nome: papai, nenê, mamãe.
            Ocorre normalmente após os três anos e meio, como decorrência da evolução do pensamento sinestésico para o pensamento imaginativo, o que quer dizer que já desenha com intenção (planeja, pensa, lembra, faz ou tenta fazer).
            Mistura de movimentos com freqüentes interrupções.
            Passa a dedicar cada vez mais tempo na elaboração do desenho e já distribui melhor o desenho por toda a folha.
            O desenho deixa de ser simples expressão motora e começa a representar coisas de sua realidade, em geral figuras humanas. É quando afirma ao mostrar “Essa é a mamãe” ou “Aqui sou eu pulando”.
            Inicia o registro do que tem maior conhecimento – cabeça e membros: das células saem radiais interpretados como braços/pernas. No interior das células aparecem pontos indicando possivelmente olhos, boca, narizes... Aos poucos vai acrescentando outros componentes; o tronco só vem depois.
            A cor é usada para distinguir diferentes significados da garatuja.
            Na maioria das vezes, a criança faz descrição verbal do que está criando e esta “conversa” mais parece uma comunicação consigo mesma.
             Fase Intencional
             O fato de ter intencionalidade e a capacidade de descrever verbalmente o que está desenhando devem ser explorados ao máximo, pois consistem na porta de entrada para o desenvolvimento pleno de todos os seus dotes, talentos e também para sua felicidade presente, porque para a criança o desenho é sempre prazeroso.
            Aparecem nos desenhos outros elementos além da figura humana, quase compondo uma cena, ainda rudimentar. Enquanto desenha, a criança fala e conta histórias, explicando seus rabiscos de diversas maneiras. A figura humana é mais completa com cabeça, tronco e membros definidos com pés e mãos.
            No final desta fase  a criança começará a misturar aos seus desenhos uma escrita fictícia, traçada e forma de serras ou pequenos elementos parecidos com os nossos signos.
             Estágio Pré-Esquemático – 4 a 6 anos
             Boneco girino
            Tem inicio o desenho da figura humana, com braços e pernas que saem da cabeça. Mais adiante, os membros saem do corpo.
            Exagero
            Não há proporção, nem perspectiva. As figuras são grandes ou pequenas demais.
             Omissão
            Faltam partes do corpo ou do rosto ou do rosto. Um braço pode ser mais comprido que o outro.
             Justaposição
            As figuras são misturadas na folha, sem linha de base (chão e céu). Não há organização espacial. O sol pode surgir na parte debaixo.
            Descoberta da relação entre desenho, pensamento e realidade. A criança começa a representar coisas de sua realidade e a exprimir sua fantasia, desenhando vários objetos ou o que imagina deles. A ação é voltada para resultados concretos, maior poder de concentração e intensa formação de conceitos.
           Desenho Espontâneo 
            A criança tem a oportunidade de fazer o traçado sob o comando de sua inteligência, seguindo uma imagem visual incorporada e retida pela mente, utilizando a imaginação e a criação lúdica.
Ø  Exercita os músculos através da realização de movimentos cada vez mais precisos e coordenados.
Ø  Desenvolve sentimentos de auto-afirmação, segurança e satisfação pessoal.
            Pode ser feito:
            Com estímulo:
            Vamos desenhar? O que você quer desenhar?
             Sem estímulo:
            Vamos desenhar o que nós vimos no passeio.
            Vocês se lembram da história dos três porquinhos? Vamos fazer um desenho da história? Como era o porquinho?
 Desenho Dirigido ou com Interferência
             Atividade de ligar pontos, cobrir, marcar, colar sobre linhas definidas, cobrir, colorir desenhos impressos, completar desenhos, etc.
 Pintura a Dedo
            Atividade altamente sensibilizadora e estimulante dos movimentos.
            O contato direto com a tinta e o papel acalma as crianças.
            De preferência, a criança deve estar em pé, pois facilita os movimentos.
            Deve ser desenvolvida em local próximo a uma pia, balde ou bacia para a higiene das mãos.
Pintura com Pincel
            Pode ser com ou sem estímulo visual.
            A tinta guache deve estar bem grossa ou espessa, misturada com um pouco de cola para dar maior consistência e rapidez na secagem.
            Os pincéis devem ser do tipo “chato” e “redondo”.
            Pode ser executada no plano horizontal ou vertical. Nos dois planos, deve-se dar preferência à criança pintar em pé pela maior facilidade movimentos.
O que Fazer com as Produções das Crianças?
            Podem ser ficar expostas durante certos períodos em varais, paredes e biombos localizados no espaço interno da escola, para serem apreciadas pelos pais, educadores, e principalmente pelas crianças que poderão acompanhar a evolução e o montante do seu trabalho. Após a exposição em pastas, poderão ser arquivadas em pastas individuais.
            As crianças podem levá-las para servirem de enfeite em suas casas.
            A participação em exposições para dar destaque ao trabalho artístico infantil aumenta a auto-estima das crianças, educadores e familiares.
Avaliação  
            A avaliação deve ser sempre processual e ter um caráter de análise e reflexão sobre as produções das crianças. Para as crianças, deve explicitar suas conquistas e as etapas do seu processo criativo; para o professor, deve fornecer informações sobre a adequação de sua prática para que possa estruturá-la com mais segurança.
            O desenho infantil traduz o grau de maturidade da criança, seu equilíbrio emocional e afetivo, seu estágio de desenvolvimento motor e cognitivo. Pode expressar também sensações e sentimentos que a criança não conseguiria mostrar de outra forma. Observando com atenção as linhas do desenho infantil, é possível descobrir atrasos no ritmo de desenvolvimento, excesso de timidez ou mesmo dificuldades de relacionamento familiar.
            Quando  a criança consegue evoluir das linhas retas para a bolinha é sinal de que está concluindo o maternal. Coincidentemente, o fechamento do círculo no papel simboliza o fechamento do ciclo básico do desenvolvimento, importante tanto para a estruturação como indivíduo quanto para formar a competência para a escrita.
 José Helio da Silva                                     
 FONTE:
 ASSIS (Município). Secretaria Municipal da Educação. Desenvolvimento do Grafismo/Desenho.
 BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Coordenação Geral de Educação Infantil. Referencial Curricular para a Educação Infantil, v. 3. Brasília, 1998.
 DEHEINZELIN, Monique. Como as Crianças Pintam? Revista Criança, MEC/SEF, Brasil, n. 35, p.22-25, dez. 2001.
 REVISTA NOVA ESCOLA. Pequenos Artistas. Tatiana Achcar. Edição 192. maio.2006.
 RIZZO, Gilda. Educação Pré-escolar.



terça-feira, 13 de agosto de 2013





Perfil do Educador Infantil 


 
Maria Malta Campos, pesquisadora da Fundação Carlos Chagas e professora da PUC de São Paulo analisa a formação e a identidade dos educadores que trabalham com crianças pequenas, na faixa de 0 a 5 anos, suas práticas e formas de relacionamento.
Fala também sobre a importância da realização de concursos públicos específicos para cada etapa da educação básica, creche, pré-escola e ensino fundamental.
Fonte: :http://www.univesp.tv.br/site/program.

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Currículo da Educação Infantil

CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO INFANTIL



O currículo da educação infantil é concebido como um conjunto de práticas que buscam articular as experiências e os saberes das crianças com os conhecimentos que fazem parte do patrimônio cultural, artístico, ambiental, científico e tecnológico, e a formação de habilidades para a aquisição de autonomia, de forma a promover o desenvolvimento integral de crianças de 0 a 5 anos idade.

A proposta curricular deve ser concebida a partir de integração de experiências que:

I - promovam o conhecimento de si e do mundo por meio da ampliação de experiências sensoriais, expressivas, corporais que possibilitem movimentação ampla, expressão da individualidade e respeito pelos ritmos e desejos da criança;

II - favoreçam a imersão das crianças nas diferentes linguagens e o progressivo domínio por elas de vários gêneros e formas de expressão: gestual, verbal, plástica, dramática e musical;

III - possibilitem às crianças experiências de narrativas, de apreciação e interação com a linguagem oral e escrita, e convívio com diferentes suportes e gêneros textuais orais e escritos;

IV - recriem, em contextos significativos para as crianças, relações quantitativas, medidas, formas e orientações espaço-temporais;

V - ampliem a confiança e a participação das crianças nas atividades individuais e coletivas;

VI - possibilitem situações de aprendizagem mediadas para a elaboração da autonomia das crianças nas ações de cuidado pessoal, auto-organização, saúde e bem-estar;

VII - possibilitem vivências éticas e estéticas com outras crianças e grupos culturais, que alarguem seus padrões de referência e de identidades no diálogo e reconhecimento da diversidade;

VIII - incentivem a curiosidade, a exploração, o encantamento, o questionamento, a indagação e o conhecimento das crianças em relação ao mundo físico e social, ao tempo e à natureza;

IX - promovam o relacionamento e a interação das crianças com diversificadas manifestações de música, artes plásticas e gráficas, cinema, fotografia, dança, teatro, poesia e literatura;

X - promovam a interação, o cuidado, a preservação e o conhecimento da biodiversidade e da sustentabilidade da vida na Terra, assim como o não desperdício dos recursos naturais;

XI - propiciem a interação e o conhecimento pelas crianças das manifestações e tradições culturais brasileiras;

XII - possibilitem a utilização de gravadores, projetores, computadores, máquinas fotográficas, e outros recursos tecnológicos e midiáticos.
As relações sociais entre crianças e educadores e a articulação dos saberes das crianças com o conhecimento social e histórico, vivenciadas no cotidiano escolar, devem considerar a integralidade e indivisibilidade das dimensões expressivo-motora, cognitiva, linguística, ética, estética e sociocultural das crianças.

A organização do currículo na educação infantil compreende dois âmbitos:

I - formação pessoal e pessoal
a) Identidade e autonomia (autoestima; escolha; faz de conta; interação; imagem; cuidados; segurança; nome; independência e autonomia; respeito à diversidade e identidade de gênero);

II – conhecimento de mundo
g) movimento;

h) artes visuais;

i) música;

j) linguagem oral e escrita;

k) natureza e sociedade;

l) pensamento lógico-matemático.

São consideradas atividades permanentes da organização da rotina escolar:

I – recepção das crianças;

II – alimentação;

III – rodas de conversa;

IV – brincadeiras no espaço interno e externo;

V – rodas de história;

VI – higiene e cuidados com o corpo;

VII – sono;

VIII – atividades de música;

IX – oficina de desenho, pintura, recorte e modelagem;

X – atividades diversificadas com materiais e brinquedos de livre escolha;

XI – entrega das crianças para os pais e/ou responsáveis;

XII – organização da sala.


quarta-feira, 5 de junho de 2013

O risco da creche de má qualidade


O RISCO DA CRECHE DE MÁ QUALIDADE

 

Nem sempre as crianças que frequentaram Creches terão resultados Escolares melhores no futuro do que aquelas que não tiveram esta oportunidade. Se a Creche não for de qualidade, o desempenho dos estudantes pode ser, inclusive, pior do que o alcançado por Alunos que não frequentaram essas unidades. A conclusão é de um estudo desenvolvido por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e da Organização das Nações Unidas (ONU).
Especialistas analisaram as notas de matemática de crianças da 4ª série que participaram do Sistema de Avaliação de Educação básica (Saeb), em 2005, levando em consideração também a Escolaridade das mães. O objetivo era saber se ir à Creche trazia resultados positivos para as crianças.

 

Eles perceberam que, entre os filhos de mães com baixa Escolaridade, os que frequentaram Creches tiveram resultado pior no Saeb do que os que não frequentaram. O impacto positivo nas notas dos Alunos só ocorreu nos casos em que as mães das crianças estudaram pelo menos até os últimos anos do Ensino fundamental.

 

Segundo Daniel Santos, Professor de Economia da USP e um dos autores da pesquisa, uma das principais hipóteses para explicar o resultado é a baixa qualidade das Creches escolhidas por mães com menor Escolaridade.
- Acredito que a criança estimulada desde bem pequena tem resultado melhor. A questão é saber se a criança foi realmente estimulada. Muitas vezes, as Creches são depósitos delas, não estão prontas para estimular as crianças - afirma Santos.

 

De acordo com o especialista, a preocupação com o estímulo ao aprendizado nas Creches é recente, pois somente em 2006 elas passaram a integrar o sistema educacional. Antes, segundo ele, as instituições faziam parte da estrutura de assistência social e serviam apenas para alimentar, garantir a saúde das crianças e permitir que as mães pudessem trabalhar.
- Estamos num momento de transição. Grande parte das Creches ainda está no modelo antigo. Talvez a maioria delas ainda não dê estímulo às crianças. E o problema é que a chance de uma criança ir para uma Creche assim, sem estímulo, é maior entre os filhos de mães analfabetas. O mecanismo que deveria ser corretor de desigualdade acaba não sendo - diz Santos.


Na Inglaterra, um estudo de pesquisadores da Universidade de Londres e de Oxford chegou a resultados semelhantes. Os autores acompanharam um grupo de 3.000 estudantes, desde sua entrada na Pré-Escola até os 11 anos de idade. Eles também avaliaram 141 Pré-Escolas britânicas, e, após observações in loco , dividiram os estudantes entre aqueles que tiveram acesso a uma Pré-Escola de qualidade e os que não tiveram essa sorte. A conclusão foi que a qualidade da Pré-Escola era um forte indício do desempenho Escolar e comportamental dos estudantes. Mais importante: crianças que frequentaram Pré-Escolas de baixa qualidade não apresentavam ganho algum, se comparadas àquelas que sequer chegaram a frequentar Escolas na primeira infância.

 

Segundo a ONG Campanha Nacional pelo Direito à Educação, o gasto com Creche no Brasil é menor do que o recomendado para que elas atendam a requisitos mínimos de qualidade. Dados aferidos em 2012 pela organização comprovam que uma Creche de período integral deve investir, por ano, R$ 8.804 por Aluno matriculado, para oferecer profissionais qualificados, espaço físico e materiais apropriados. No entanto, os gastos com Creche e Pré-Escolas informados pelo governo brasileiro à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) foi de US$ 1.696 (ou R$ 3.475, segundo a cotação atual). O valor deixa o país na terceira pior posição num ranking de 34 países.

 

De acordo com o Ministério da Educação, o valor mínimo que deveria ser investido por Aluno, em 2013, é de R$ 2.221,73. - O Brasil não percebe o quão importante é a Educação infantil, e investe pouco. O direito à Educação só é pleno quando alia acesso à qualidade. O direito à Creche, que envolve o direito à Educação da criança e o direito da família ao trabalho, por exemplo, é um elemento-chave para a qualidade de vida - disse Daniel Cara, coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação.


Na opinião de Patrícia Mota Guedes, especialista em gestão educacional da Fundação Itaú Social, é preciso investir em qualificação e formação de profissionais que trabalham nas Creches, que, muitas vezes, não têm a Escolaridade indicada. Ela acrescenta que orientar o pais também é importante. - Para pais de mais baixa Escolaridade e em situação mais vulnerável, é difícil fazer escolhas sobre a Creche e avaliar a qualidade do serviço a que eles têm acesso. Pais menos Escolarizados muitas vezes acham que, se a Creche cuida da criança e a mantém saudável, isso significa que há qualidade - analisa Patrícia.

 

No Rio, a prefeitura tem construído Creches mais bem equipadas e com proposta de trabalho mais bem definida para crianças de regiões mais pobres e mais violentas na cidade. No final de 2009, começaram a ser construídos os Espaços de Desenvolvimento Infantil (EDI), que são mais amplos, têm melhor estrutura para atendimento e mais livros para crianças de 6 meses a 5 anos de idade. A fim de estimular mais os pequenos, os berços deram lugar a pisos onde eles podem dormir, brincar e aprender por meio de atividades lúdicas. A capital tem hoje 108 EDIs, com cerca de 150 Alunos, em média. A meta é construir outras 31 unidades até o fim do ano. - Além disso, passamos a orientar os Educadores a fazerem uma reserva de tempo para desenvolver atividades como ler histórias, folhear livrinhos e trabalhar com materiais com formas geométricas, por exemplo. Tem que haver essa reserva, senão o risco é que se gaste o tempo todo cuidando do bebê sem colocar o ato de educar junto - explica a secretária municipal de Educação do Rio, Claudia Costin.

 

http://oglobo.globo.com/
Fonte: O Globo (RJ)

domingo, 26 de maio de 2013


Por que o excesso de sódio faz mal para as crianças?
Agora é oficial: a Organização Mundial da Saúde limita a quantidade de sódio para os pequenos. Entenda por que isso pode livrá-los de encrencas futuras.
 
Já passou a época em que a hipertensão era exclusividade de gente mais velha. A partir do momento em que os alimentos industrializados e ricos em sódio se popularizaram na mesa da meninada, até a pressão alta se tornou cada vez mais precoce. Não por menos esse hábito alimentar chamou a atenção da Organização Mundial da Saúde (OMS), que está preocupada com os casos de pressão nas alturas na infância.

Em relatório recém-divulgado, a entidade alerta para o distúrbio que tem enorme probabilidade de se perpetuar na vida adulta. E é aí que entra o sódio, um dos principais responsáveis pela elevação permanente da pressão arterial. O mineral, que estende o prazo de validade dos alimentos, está presente na maioria dos produtos consumidos (e adorados) pelas crianças, como bolachas recheadas, pães, comidas de fast food e, óbvio, nos célebres salgadinhos, que não receberam esse apelido à toa.

A OMS passa a recomendar uma ingestão de menos de 2 gramas de sódio por dia para meninos e meninas entre 2 e 15 anos. Para ter uma ideia, um único lanche com hambúrguer, queijo, catchup, maionese mais um copo de refrigerante chegam muito perto dessa cota diária. A Sociedade Brasileira de Cardiologia estima que entre 6 e 8% das crianças brasileiras já são hipertensas.
A solução para prevenir ou contra-atacar tanto o ganho de peso como a pressão nas alturas não tem muito segredo: é manter, desde pequeno, hábitos saudáveis. Os cuidados, aliás, começam na amamentação. O conselho é dar preferência a alimentos não industrializados, que possuem uma quantidade do mineral suficiente para as necessidades do organismo. "O ideal é que, no preparo da refeição, não se adicione nada de sal", orienta a nutricionista Regina Pereira. "Se a criança é acostumada a refeições salgadas, seu paladar vai se adaptar a esse padrão."
A orientação para os pais é retardar e reduzir a oferta dos industrializados à meninada, tirar o saleiro da mesa e... servir de modelo. São medidas que contribuem para criar um garoto que não vai depender tanto das pitadas de sódio para sentir prazer à mesa e ter uma pressão controlada.
Por que o excesso de sódio eleva a pressão da criança?
Quando o pequeno consome muito sal, o organismo passa a reter mais líquido para lidar com a sobrecarga de sódio. Daí aumenta o volume de sangue no interior das artérias.

Além disso, o sódio carrega moléculas de cálcio para a parede interna dos vasos, o que intensifica a contração deles e, com o tempo, torna-os mais espessos e menos flexíveis.
Com as artérias mais contraídas e o maior fluxo de sangue correndo lá dentro, ocorre a chamada resistência à circulação sanguínea. Traduzindo: a pressão no interior dos vasos aumenta de forma permanente. E a hipertensão dá as caras.
Potássio amigo
A OMS recomenda aumentar o consumo do nutriente para 3,5 gramas por dia. Ou seja: capriche nas frutas e verduras, onde mora o mineral. Ele ajuda o coração a trabalhar, facilita a dilatação dos vasos e induz a excreção de sódio pelos rins.

Fontes: Dante Giorgi, nefrologista do Instituto do coração de são paulo e conselheiro da sociedade brasileira de hipertensão; Aline maria pereira, nutricionista professora do setor de medicina do adolescente.
Joana Alves

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Organização do espaço

O espaço físico é um grande aliado dos educadores na educação de crianças pequenas. É necessário investir tempo, energia e algum recurso para assegurar o bem-estar físico, a segurança, as aprendizagens e principalmente o conforto nos Centros de Educação Infantil.

Há diferentes formas de organizar os ambientes educativos para que eles possam tornar-se aconchegantes, seguros e desafiadores ao mesmo tempo.

A seguir damos algumas sugestões. Cantos de atividades diversificadas. Organizar diferentes atividades, por um período do dia, em um mesmo ambiente é uma possibilidade bem interessante. Quando a sala é organizada em “cantos” configura-se uma estratégia de organização e planejamento de atividades que possibilita ao professor conhecer melhor as crianças, acompanhá-las em suas aprendizagens, observar as suas necessidades e replanejar sua ação com maior segurança.

 
O que são:

• Atividades permanentes com frequência diária.

• Organizadas por temas, por materiais, por conteúdos.

• Organizadas pelo adulto e pelas crianças.

• Permitem que as crianças escolham o que fazer.

• Permitem que as crianças escolham seus parceiros para brincar.

Princípios norteadores:

• Respeito às escolhas das crianças.

• Incentivo à autonomia.

• Ampliação cultural.

Ações do professor:
 
 

• Viabilização de interações frutíferas entre as crianças, e entre elas e os objetos.

• Acesso a materiais e produções da cultura.

• Equilíbrio entre a constância de materiais e a diversidade.

• Incentivo à individualidade e aos agrupamentos.

• Incentivo à descoberta de cantos desconhecidos.

• Observação da atuação infantil.
 

O que as crianças aprendem:

• Escolher, tomar decisões.

• Agir com pouca ajuda do professor, em parceria com outras crianças ou sozinha.

• Cooperar, compartilhar.

• Brincar, imaginar, construir cenários lúdicos, papéis para o jogo simbólico.

• Colocar e negociar seus interesses e necessidades.

• Cuidar da organização do ambiente e dos materiais.
 
 

Possibilidades de cantos:
 
 

• Ambientes para brincar de faz-de-conta (alguns exemplos):

– heróis;

– príncipes e princesas;

– lojinha;

– escola;

– casinha;

– salão de beleza para meninos e meninas;

– feira;

– supermercado;

– papelaria;

– caminhoneiro;

– peão.

• Ambientes para expressar-se graficamente:

– desenho com papel e caneta hidrográfica e/ou giz de cera, lápis de cor;

– pintura;

– colagem;

– modelagem.

• Ambientes para ler:

– canto com livros de poesia, jornais, enciclopédia, contos de fadas, gibis.

• Ambientes para jogar:

– jogo de percurso, de memória, quebra-cabeça, baralho etc.

 

 

Perguntas frequentes:

 

O que a organização de cantos de atividades diversificadas oferece às crianças?

Essa modalidade de organização da sala ensina a criança a escolher e tomar decisões, responsabilizando-se por suas escolhas. É um momento privilegiado no qual ela pode agir de forma mais autônoma, justamente porque o professor abre mão de dirigir a atividade que está sendo proposta, compartilhando com as crianças a própria organização/coordenação da atividade. Nesse momento cabe às crianças a organização da sala, dos materiais, da escolha do que fazer, da negociação pela posse de brinquedos etc., com a ajuda do professor. Assim as crianças aprendem a cooperar, compartilhar, agir por conta própria.
A organização da sala em cantos de atividades diversificadas não deixa de ser por si só um importante aprendizado para as crianças: aprendem a transformar o próprio ambiente e a saber que muitos mundos cabem numa simples sala de grupo! Podem virar as mesas ao contrário e enrolar um pano em volta para formar um barco ou então empilhar mesas viradas ao contrário umas sobre as outras e passar um barbante circundando os pés da mesa virados para cima para fazer uma barraca de feira; é possível colocar almofadas aconchegantes num canto para ler; podem delimitar um pedaço de chão com caixotes para fazer uma pista para arremessar bolinhas de gude sem deixar espalhá-las pela sala; enfim, possibilita muitas propostas que ocorrem ao mesmo tempo.
A organização dos cantos de atividades diversificadas não é só um momento de aprendizagem da criança, é também do professor, que aprende a segurar seu impulso de estar sempre dirigindo e controlando a situação. Ele permite que as crianças dêem conta de gerenciar o momento. Esta forma de organização possibilita que o professor observe melhor as crianças, suas potencialidades e dificuldades, já que está mais disponível para isso.
 

Quanto tempo da rotina deve ser destinado aos cantos de atividades diversificadas?
 
 

Para responder a esta questão temos que pensar na grade de horários da escola ou do CEI, equilibrar o tempo destinado à roda de conversa, roda de história, momento para realizar as atividades dos projetos e as permanentes.
Assim sendo, um tempo razoável seria entre 50 minutos e 1 hora, no qual as crianças pudessem circular por diversos cantos ou escolher alguns deles para ficar. Um momento que permite a exploração, a dedicação maior a determinadas atividades, sem direção única pelo adulto, o que às vezes pode tornar uma atividade improdutiva, repetitiva ou cansativa. É sempre bom terminar uma atividade com gosto de “quero mais” para o dia seguinte. Poder ter uma constância de propostas que vão sendo incrementadas ao longo do tempo ajuda as crianças a aprofundar seus conhecimentos, tanto no que diz respeito à natureza lúdica das propostas quanto aos conhecimentos que lhes são proporcionados na interação com os objetos e as outras crianças.

 

Por que reservar um momento diário para tal finalidade?

Reservar um momento diário permite que as crianças aprendam a tomar decisões, compartilhar, realizar escolhas, e também se apropriem mais do espaço da sala, uma vez que ajudam a construir os cantos, organizando-os e incrementando- os com suas idéias e propostas.
Algumas professoras, quando fazem essa pergunta, acham que podem substituir o espaço diário dessa proposta (cerca de 1 hora), por um único dia da semana destinado inteiramente aos cantos de atividades diversificadas. Entretanto, é melhor a constância da proposta em menor tempo, até para compartilhar com outras tantas atividades necessárias no dia-a-dia, do que desenvolver a proposta num dia inteiro. É importante intercalar momentos nos quais a condução da sala seja realizada apenas pelo professor com outros, compartilhados com as crianças. (Essa proposta não se confunde com a das salas ambientes, na qual cada sala possui uma proposta específica, de tal forma que as crianças rodiziam, em grupo, durante o dia em cada uma delas.)

 

“Não tem material na minha escola para fazer cantos de atividades diversificadas.” O que fazer?
Mais do que material, é preciso ter propostas e ideias. Muito da falta de material diz respeito à falta de ideia do que fazer em sala com o grupo.
O professor está tão acostumado com lápis e papel que tem pouca intimidade com outros materiais. Faz-se necessário retomar suas próprias brincadeiras de infância, lembrar o quanto se improvisava com qualquer recurso disponível.
Assim sendo, por exemplo, sobras de uma marcenaria podem compor um divertido jogo de monta - tudo. Essa proposta é incrementada agregando-se a ela livros de castelos, de parques em diferentes países, para que as crianças tenham que bolar, com os retalhos de madeira, construções variadas. Com esses mesmos retalhos e cola é possível fazer móveis para casinha de bonecas.
As crianças podem colar E.V.A., tecidos, sobre as madeiras para compor diferentes móveis. Pode-se ainda sugerir que com os mesmos retalhos façam uma pista para rolagem de pião, ou então que construam a torre mais alta que conseguirem e medirem a altura para colocar em um livro de recordes; enfim, o professor precisa desenvolver sua criatividade, sondando com as crianças suas preferências para propor ao grupo outras possibilidades de explorar os cantos de atividades diversificadas.
 

Espaço das salas de grupos
 
 

 

Sugestões de materiais para as salas de crianças de 4 meses a 2 anos
• Mural, da altura das crianças, organizado para usos diversos, contendo:
– fotos das crianças, trazidas de casa e ou feitas na escola, identificadas com o nome de cada uma delas;
– fotos das crianças em diferentes situações sociais (aniversários, passeios, com animais de estimação, com familiares);
– reprodução das capas dos livros que foram lidos ou das histórias que foram contadas;
– imagens instigantes e visualmente interessantes do ponto de vista estético.
• Calendário de uso social para marcação de:
– aniversariantes da turma;
– compromissos e combinados especiais.
• Relógio comum de uso social, como um portador numérico para que as crianças observem o seu uso pelo educador.
• Brinquedos que possam ser levados à boca sem perigo (de plástico ou de borracha com selo do Inmetro).
• Brinquedos que produzam som (chocalhos).
• Brinquedos de empilhar e encaixar (blocos, cubos).
• Brinquedos de correr atrás (bolas, cilindros).
• Colchonetes e almofadas (com capas laváveis).
• Móbiles e estábiles (as salas podem ter muitos ganchos em diferentes lugares para pendurar panos, tules, cortinas sonoras etc.).
• Tapetes de atividades com bolsos, guizos, espelhos, quadros de panos de diferentes texturas.
• “Estante” para livros, tipo sapateira, com bolsões transparentes para que as crianças identifiquem os livros de histórias.
• CDs com música de diferentes gêneros.
• Espelho de tamanho suficiente para que duas ou três crianças possam se ver inteiras.
• Obstáculos que provoquem diferentes movimentos: subir, descer, trepar, agachar, arrastar, escorregar.
A organização do espaço educativo reflete as concepções de criança, ensino e aprendizagem das instituições. As formas como as salas estão organizadas a disposição dos móveis, a acessibilidade aos brinquedos, aos livros, a exposição ou não das produções infantis, a “decoração” são indícios reveladores sobre como as crianças são vistas e consideradas.
• Cantos diversos:
– de brinquedos e jogos, organizados de acordo com os usos das crianças;
– ambientados para o jogo de casinha e os demais jogos de faz-de-conta preferidos da turma;
– com locais reservados ou reversíveis para momentos de repouso, sempre muito flexíveis nos primeiros anos de vida;
– confortáveis, forrados com tapete, placas de E.V.A. ou outro piso confortável que permitam a acomodação das crianças em roda para o bate-papo diário;
– materiais de construção: blocos de madeira, caixas de papelão, Lego®, monta - tudo e outros;
– bonecas e seus acessórios: mamadeira, fraldas para trocar, banheira, sabonete, toalha, pente, roupas etc.;
– com mesas e cadeiras para atividades que requeiram uma acomodação diferente e permitam práticas como desenho, modelagem com massinha etc.;
– com livros de histórias, poesias, cantigas etc.;
– com tapete, esteira, almofada ou outro piso que delimite o espaço e transmita uma sensação de conforto.
• Local para pendurar mochilas e pertences pessoais devidamente identificados.
• Mural para os recados da professora: lembretes, restrições alimentares das crianças, recomendações para o preparo de mamadeiras, receita médica de alguma criança etc.
 

Sugestões de materiais para as salas de crianças de 3 a 5 anos
• Vários murais ou um mural organizado para usos diversos, como:
– exposição de produções infantis, devidamente identificadas;
– fixação ou exposição de produções de crianças ou materiais que estão sendo pesquisados num determinado momento do ano;
– os recados da professora (lembretes, receita médica de alguma criança etc.);
– painel de fotos da turma.
• Lista de nomes das crianças da turma (cartaz com filipetas escritas em letra-bastão, de uma só cor, mesmo padrão de tamanho para todos os nomes, sem fotos ou outras imagens).
• Lista dos aniversariantes da turma.
• Calendário.
• Agenda de compromissos e registro da programação diária para ser utilizada pelas crianças.
• Relógio.
• Estante de brinquedos e jogos, devidamente identificados para facilitar o uso pelas crianças.
• Espaço para a ambientação do jogo simbólico da turma (a própria sala pode ser ambientada segundo os temas estudados).
• Cantos de materiais para jogo simbólico.
• Estante ou caixa com materiais de uso coletivo contendo:
– canetas variadas;
– borracha;
– lápis variados;
– réguas;
– clipes;
– prendedores;
– barbante;
– fita crepe e durex.
• Biblioteca de sala (estante, painel com bolsos ou outras soluções) contendo, de maneira organizada:
– livros;
– revistas;
– gibis;
– jornais;
– catálogos diversos;
– painel para fixar as sugestões de leitura das próprias crianças, bem como artigos de jornal, de interesse da sala;
– tapete, esteira, almofada ou outro piso que delimite o espaço e transmita uma sensação de conforto.
• Na ausência de espaço para a roda, é preciso pensar em acessórios tais como esteiras, placas de E.V.A., almofadas ou outros materiais que permitam a organização de uma roda com todos os integrantes da turma para os momentos de bate-papo, de programação do trabalho em grupo etc.
• Local para pendurar mochilas e pertences pessoais, devidamente identificados.
Materiais alternativos
• Jogos confeccionados pela professora para as crianças.
• Jogos confeccionados pelas crianças.
• Brinquedos confeccionados pela professora para as crianças menores.
• Brinquedos construídos pelas crianças.
• Ateliê móvel.
• Cadeira-boneco e outras esculturas de montar.
• Móbiles e outros penduricalhos.
Espaço de parque
Sugestões de brinquedos de parque
• Canto de areia.
• Balde, pás e outros acessórios para brincar na areia ou na terra.
• Bacias, minipiscinas com água para brincar com barquinhos ou para molhar a areia.
• Regadores e funis.
• Caixa com potes e outras sucatas.
• Bolas.
• Cordas.
• Bambolês.
• Brinquedos para o faz-de-conta.
• Tecidos coloridos para cabanas.
• Cata-vento.
• Caixa com giz para riscar amarelinha.
• Tocos de madeira para montar pistas e caminhos com obstáculos.
• Pneus coloridos com furos para evitar o acúmulo de água.
• Canto com vasos ou jardim.
 
Fonte/Referência:
- Trecho do Programa Capacitar Educadores/Instituto Avisa Lá/Instituto C&A.
- Blog Educação Infantil Um mundo a Descobrir