ORGANIZAÇÃO DAS TURMAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL –CRECHE
ESTRUTURA OPERACIONAL
Divisão das turmas
A opção por dividir o atendimento
de crianças na creche em berçário e maternal justifica-se na medida em que a
criança passa por processos biopsicossociais distintos no período que
corresponde dos zero aos dois anos e dos dois aos quatro anos. Assim, o
grupamento das crianças dessas faixas etárias poderá efetivar-se conforme a
seguir:
Bercário I
No Berçário I serão
enturmados os bebês de zero a doze/quinze meses, os quais, por sua
fragilidade, são incapazes de sobreviver por recursos próprios, situação que
deverá ser compensada com uma relação de carinho e atenção da mãe e, no caso da
creche, do educador. Isso leva a um atendimento permanente e individualizado
por parte do professor que deverá trabalhar com cada bebê, a cada dia,
observando suas reações e seus progressos pois, nessa fase, o
desenvolvimento das crianças se dá num ritmo bastante acelerado.
Bercário II
No Berçário II serão agrupados os
bebês de doze/quinze meses a dois anos. A criança agora já se movimenta com
mais autonomia, fica em pé e, na maioria dos casos, já caminha, deslocando-se
pelo espaço físico disponível. Com o movimento tornam-se interessantes apenas
os objetos que podem ser carregados de um lado para o outro.
Por volta dos dois anos de idade
surge um novo componente – a oralidade. Nessa fase, há necessidade de atenção
às reações de cada criança e ao grupo como um todo. As crianças estão na fase
egocêntrica e brincam individualmente, mesmo quando estão em grupos; é também
nessa fase que acontecem, com freqüência, os atropelos físicos (mordidas,
agarrões, empurrões). É no plano das ações que elas começam a perceber o outro,
as coisas a sua volta e a necessidade de fazer algumas negociações.
Maternal I
No Maternal I serão enturmadas as
crianças de dois a três anos. Elas agora já possuem maior maturidade motora,
que lhes permite explorar objetos e tudo o mais que existir ao seu redor; por
meio dos jogos simbólicos do faz-de-conta, aceleram o desenvolvimento da
linguagem e da representação. As crianças dessa idade, que já andam e se
movimentam livremente, são capazes de extraordinárias observações sobre o que
ocorre à sua volta, procurando muitas vezes infatigavelmente suas causas;
costumam fazer relações entre as concepções que têm do mundo exterior e as
imagens do próprio corpo. Nessa fase, a criança ainda tem dificuldade em
repartir seus brinquedos. O trabalho em grupo, ainda que com pouca duração,
ajudar-lhes-á a sair do egocentrismo.
Maternal II
No Maternal II serão enturmadas
as crianças com três anos de idade que estão em franca expansão do ponto de
vista físico, emocional e cognitivo. Usufruindo das conquistas realizadas,
essas crianças encontram-se necessitadas de novos e mais complexos desafios.
É preciso estar atento a suas
falas, a seus gestos, a suas escolhas e atitudes e a produções diversas, para
que se possa identificar desejos, necessidades e desafios que estejam
demandando. Ela está ficando mais sociável e esporadicamente consegue ser
cooperativa no grupo de convívio. Sua oralidade está se desenvolvendo bastante
e ela se interessa cada vez mais pelas histórias contadas e/ou representadas,
interagindo, literalmente “fisicamente e oralmente” com o conhecimento.
Aqui ocorre o desenvolvimento das
crianças nos momentos de rotina: sono, higiene e alimentação. É a hora de
encorajá-las a fazer escolhas de alimentos, roupas e brinquedos, a ir sozinhas
ao banheiro, a comer sozinhas, a arrumar seus pertences etc.
Ana
Paula Alves dos Santos. Psicóloga, formada Pela Universidade Estadual Paulista
de Bauru e Especialista em Psicologia do Desenvolvimento e Processos de
Ensino-Aprendizagem pela mesma instiuição.Professora de Ensino Infantil e de Ensino
Especial na Prefeitura Municipal de Bauru.
Fonte: Fonte: http://construireincluir.blogspot.com.br/2011/05/proposta-de-curricular-para-o-trabalho.html.
Acesso em 26 fev. 2014